Eleições 2020Política

Irregularidades em doações eleitorais já somam mais de 35 milhões

Nesta terça-feira (3), o Tribunal Superior Eleitoral apresentou dados dos números de prestação de contas de candidatos nas eleições 2020, que mostra indícios de irregularidades de mais de R$ 35 milhões. Essa é a segunda rodada de identificação de indícios de irregularidades, realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral, que envolve TSE, Receita Federal, Coaf, Ministério Público Eleitoral, Defensoria Pública Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério da Cidadania.

Os números da primeira foram divulgados semana passada e totalizam cerca de R$ 25 milhões pagos a fornecedores ou doados a candidatos às eleições municipais deste ano com alguns indícios de irregularidade. A tendência pouco muda, e a maior ocorrência, nesta segunda rodada, é de doações realizadas por pessoas sem emprego formal registrado, cujos valores somam mais de R$ 21 milhões e envolve 5.362 doadores. 

Logo em seguida aparecem 1.145 doadores com renda contrária ao valor doado. As doações realizadas por esses cidadãos chegam a quase R$ 10 milhões. O TSE apontou que outra irregularidade é de 1.146 fornecedores sem registro ativo na Junta Comercial ou na Receita Federal receberam R$ 1,9 milhão por serviços prestados durante a campanha deste ano. 

Doadores que recebem Bolsa Família somam 863 e doaram juntos quase R$ 370 mil. Ademais, 416 fornecedores têm relação de parentesco com candidato ou seu vice. 

Oito doadores constam no Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi) e, ainda conseguiram doar uma quantia total de R$ 8.690,00.

Essas rodadas de levantamento de irregularidades, fazem parte da de uma campanha política da Instrução Normativa TSE nº 18/2016, para exame das prestações de contas, assim como para a atuação do Ministério Público Eleitoral. 

De acordo com o resultado das investigações, os juízes eleitorais podem determinar providências para comprovar a procedência do indício de irregularidade e utilizar essas informações para fins de exame e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral. As irregularidades descobertas foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da República. Com informações do Tribunal Superior Eleitoral. 

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