O MS pode ter a maior disputa para o governo dos últimos tempos
Editorial
Seria realmente uma “briga de cachorro grande”?. Pelo menos é o que o rascunho das eleições 2022 está mostrando, apontando que o Estado de Mato Grosso do Sul pode viver um embate jamais visto na disputa pelo poder supremo, na campanha onde o povo irá escolher o sucessor do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que concluirá em dezembro o seu segundo mandato.
Normalmente surgem dois ou três nomes fortes, capazes de carregar a maioria dos votos, e aquele que fica em terceiro lugar, se transforma no fiel da balança para as definições do segundo turno.
Entretanto, pelo menos cinco “tubarões” da política sul-mato-grossense já estão com as turbinas ligadas para decolar rumo à disputa democrática que culmina nas eleições de outubro. Muitas viagens ao interior, muitas conversas e tentativas vorazes para conseguir aliados. Toda ajuda nesse momento, cada aliança fechada, podem ser definitivas.
Mas, como diz o ditado popular, muito usado no futebol: “política é uma caixinha de surpresa”. Isso porque, a qualquer momento, as reviravoltas tendem a acontecer e quem era, deixa de ser, ou passa a ser aliado de quem continua sendo. Complexo, não é mesmo?
Os principais nomes nessa seara são de expoentes que se fortaleceram politicamente ao longo do tempo e são donos de legiões fiéis e igualmente fortalecidas em suas respectivas regiões. Bases que são tão cobiçadas e disputadas.
André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel (PSDB), Marquinhos Trad (PSD), Rose Modesto (União Brasil), Tereza Cristina (PP) e até Zeca do PT, despontam como os mais fortes candidatos nessa pré-campanha. E garantem que irão fazer uma campanha forte e com base para chegar ao segundo turno.
Entretanto, rumores de bastidores dos últimos dias já apontam a possibilidade de pelo menos duas alianças entre alguns desses seis candidatos. Seria então, a busca pelo fortalecimento, que já na largada, colocaria mais peso e, consequentemente, mais chances de vitória na campanha. Pelo menos hipoteticamente.
Já não há mais tempo para dizer que muita água deve rolar por baixo da ponte. A água está em baixo da ponte e as decisões devem ser tomadas agora. Algumas, podem surpreender e até serem inusitadas. Mas, como já foi dito, a política é uma “caixinha de surpresas”.