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PF deflagra operação contra grupos suspeitos de desviar recursos de hospital do MS

Iniciada na manhã desta quarta-feira (4), a Operação SOS-Saúde investiga grupos suspeitos de desviar recursos do Hospital Regional Dr. José Simone Netto, em Ponta Porã, a 326km de Campo Grande/MS. A Organização Social que na época (2016) administrava o hospital é acusada de falsificação de documentos, dispensa irregular de licitação, peculato e organização criminosa. A ação envolve 112 Policiais Federais, 54 servidores da Receita Federal e 16 da Controladoria Geral da União.

Ação conta com mais de 150 profissionais. Foto: Divulgação/PF

A operação cumpre 34 mandados de busca e apreensão, em 25 endereços diferentes, dos quais 11 estão localizados no Estado de São Paulo, 10 em Goiânia/GO, 3 em Brasília/DF e 1 em Campo Grande/MS. Os gestores da entidade, as empresas que receberam o desvio e seus respectivos sócios-administradores, além de dois contadores e seus escritórios de contabilidade, são alvos das medidas cautelares. Bens e valores também foram apreendidos.

De acordo com a PF, o inquérito policial foi instaurado em 14 de fevereiro de 2019, para investigar irregularidades administrativas praticadas agosto de 2016 e julho de 2017. A investigação apurou que no dia 05/agosto/2016, a Organização Social firmou contrato com a gestão do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, e passou a receber elevados valores com o compromisso de gerenciar o Hospital Regional de Ponta Porã. No entanto, parte do recurso que deveria ser investido na saúde,  era desviado em proveitos de empresas vinculadas aos próprios dirigentes da Organização Social.

Um dos locais em que foi cumprido mandado de busca e apreensão, em Brasília. Foto: Divulgação/PF
Um dos locais em que foi cumprido mandado de busca e apreensão, em Goiânia. Foto: Divulgação/PF

 

 

 

 

 

 

 

 

A PF destacou ainda a amplitude da investigação, pois embora a entidade atuasse formalmente sem fins lucrativos, cresceu exponencialmente desde a sua fundação, em 2011, passando a administrar diversas unidades de saúde espalhadas por vários Estados da Federação (MS, PB, SP, BA, GO, MT), o que implicou o recebimento de quase R$ 1 bilhão2014 e 2019.

Operação SOS-Saúde

O nome da operação faz alusão tanto ao principal investigado, que se trata de uma Organização Social (OS) que deveria fazer o correto emprego das verbas públicas destinadas à área da saúde, bem como a sigla de “socorro” (SOS) prestado pelas instituições de controle ao serviço de saúde pública.

Paula Navarro

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