A quintessência do amor a Ladário
Meus lábios sabem de cor os sonhos e as lufadas dos ventos,
Que balançam e flutuam nesta cidade, no luar das noites claras
A saudade de Ladário, das histórias, dos eventos, está arraigada nos pensamentos;
E no cotidiano desta existência,, aonde a caridade e generosidade ainda são raras.
Um sopro de vida, no Mirante Pantaneiro, às margens do rio Paraguai, cintilante deságua;
O sorriso de minha mãe, maior que o próprio corpo, maior que juntos, a casa e o jardim;
Quando o frescor dos corixos eram meus redutos na indolência da água
As palavras transparentes ainda roçam meus cabelos e gentilmente caem sobre mim
Queria que a barcaça do tempo me levasse mais uma vez, aos tempos de criança,
Sim, confesso que eu levei lapeada de vara de goiabeira, eu era uma arteira – brejeira;
Mas eu tinha por perto, meu pai e minha mãe juntos…tinha esperança!
Quero de novo o prazer de amar, sem limites e de uma forma imensa e sorrateira.
Ainda assim, hei de ver a Pérola do Pantanal voltar a ser a terra prometida
Sentir o perfume almiscarado do meu irmão que se foi fora do combinado.
E por fim, cuidar de meus pais como eles cuidaram de mim, sem rodeios, até o fim desta vida…
Além de fielmente, amar este pedaço de chão, até eu tombar sob este véu acetinado.
Por: Cecília de Andrade